Catarata Total Bilateral em Paciente Jovem Após Choque Séptico: Abordagem Diagnóstica e Terapêutica

Conteúdo do artigo principal

João Victor Tenório Lossio de Macedo
Carolina Oliveira de Ávila
https://orcid.org/0000-0001-5864-5221
Pedro Carrión Carvalho
Lucas Cavinato Kwitko
https://orcid.org/0009-0000-0007-434X
Mariana Vieira Cavalcante da Silva
https://orcid.org/0000-0002-4441-5836
Sarah Correa Soler Albino Titz de Rezende
Enzo Gallardo Gomes
https://orcid.org/0009-0008-0035-8244
Pedro Henrique Santana Moreira
https://orcid.org/0000-0002-0365-8700
Isabela Ussifati Negrine
Júlia Tenório Lossio de Macedo
Ariane Oliuza dos Santos
https://orcid.org/0009-0009-2331-7979

Resumo

A catarata secundária a condições sistêmicas graves é uma entidade rara, porém clinicamente relevante, especialmente em pacientes jovens expostos a insultos inflamatórios intensos, como o choque séptico. A identificação precoce e o manejo cirúrgico oportuno podem impactar diretamente no prognóstico visual e funcional. Relata-se aqui um caso de catarata total bilateral de rápida progressão em paciente jovem após choque séptico, com ênfase na apresentação clínica, abordagem cirúrgica e desfechos visuais. Trata-se de um relato de caso qualitativo e descritivo, baseado em análise retrospectiva de prontuários médicos, documentação cirúrgica e exames oftalmológicos. O paciente foi submetido à facoemulsificação com implante de lente intraocular monofocal tórica no olho esquerdo. A cirurgia no olho direito ainda está pendente por limitações financeiras. O paciente apresentou recuperação visual satisfatória no olho esquerdo, com acuidade visual final de 20/30. O olho direito permanece com catarata madura e acuidade visual severamente reduzida. O seguimento pós-operatório demonstrou boa recuperação anatômica, sem complicações. Este caso reforça a importância do rastreamento oftalmológico em pacientes criticamente enfermos e destaca que a catarata pode representar uma complicação visual significativa, porém tratável, após choque séptico. A intervenção precoce e o uso de tecnologias intraoperatórias avançadas contribuem para uma reabilitação visual favorável. Barreiras socioeconômicas, contudo, podem atrasar a recuperação visual completa em populações vulneráveis.

Detalhes do artigo

Como Citar
Macedo, J. V. T. L. de, Ávila, C. O. de, Carvalho, P. C., Kwitko, L. C., Silva, M. V. C. da, Rezende, S. C. S. A. T. de, Gomes, E. G., Moreira, P. H. S., Negrine, I. U., Macedo, J. T. L. de, & Oliuza dos Santos, A. (2025). Catarata Total Bilateral em Paciente Jovem Após Choque Séptico: Abordagem Diagnóstica e Terapêutica. Brazilian Journal of Case Reports, 5(1), bjcr106. https://doi.org/10.52600/2763-583X.bjcr.2025.5.1.bjcr106
Seção
Clinical Case Reports
Biografia do Autor

João Victor Tenório Lossio de Macedo, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP)

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), São Paulo, São Paulo, Brasil.

Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO), Laranjeiras, Rio de Janeiro, Brasil.

Carolina Oliveira de Ávila, Faculdade de Medicina ZARNS

Faculdade de Medicina ZARNS, Itumbiara, Goiás, Brasil.

Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO), Laranjeiras, Rio de Janeiro, Brasil.

Pedro Carrión Carvalho, Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE)

Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE), Brusque, Santa Catarina, Brasil.

Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO), Laranjeiras, Rio de Janeiro, Brasil.

Lucas Cavinato Kwitko, Faculdade de Medicina, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Faculdade de Medicina, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO), Laranjeiras, Rio de Janeiro, Brasil.

Mariana Vieira Cavalcante da Silva, Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)

Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR), Curitiba, Paraná, Brasil.

Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO), Laranjeiras, Rio de Janeiro, Brasil.

 

Sarah Correa Soler Albino Titz de Rezende, Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)

Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), São Paulo, São Paulo, Brasil.

Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO), Laranjeiras, Rio de Janeiro, Brasil.

Enzo Gallardo Gomes, Faculdade de Medicina, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Faculdade de Medicina, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO), Laranjeiras, Rio de Janeiro, Brasil.

Pedro Henrique Santana Moreira, Faculdade de Medicina ZARNS

Faculdade de Medicina ZARNS, Itumbiara, Goiás, Brasil.

Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO), Laranjeiras, Rio de Janeiro, Brasil.

Isabela Ussifati Negrine, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Bauru, São Paulo, Brasil.

Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO), Laranjeiras, Rio de Janeiro, Brasil.

Júlia Tenório Lossio de Macedo, Instituto de Cuidado Ocular do Vale do São Francisco

Instituto de Cuidado Ocular do Vale do São Francisco, Petrolina, Pernambuco, Brasil.

Ariane Oliuza dos Santos, Instituto de Cuidado Ocular do Vale do São Francisco

Instituto de Cuidado Ocular do Vale do São Francisco, Petrolina, Pernambuco, Brasil.

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