Tratamento com Radioiodo e o Desenvolvimento de Mixedema Pretibial: Uma Série de Três Casos

Conteúdo do artigo principal

Nicolas Perini
https://orcid.org/0000-0002-6492-7636
Camila Guidi Rossi
https://orcid.org/0009-0000-3294-6405
Gabriela Salles Martinez
https://orcid.org/0009-0008-1355-6581
Yedda Carolina Della Torre Rojas
https://orcid.org/0009-0001-4158-4247
Roberto Bernardo Santos
https://orcid.org/0000-0001-8000-1211
João Hamilton Romaldini
Danilo Villagelin
https://orcid.org/0000-0002-4173-7258

Resumo

A doença de Graves apresenta-se clinicamente com sinais de hipertireoidismo e manifestações autoimunes, como a dermopatia de Graves, principalmente o mixedema pretibial. O tratamento para a doença de Graves baseia-se no uso de medicamentos antitireoidianos e na terapia com radioiodo (RAI); neste caso, a destruição das células tireoidianas e a subsequente liberação de antígenos agravam a resposta autoimune, levando ao depósito mediado por TRAb de mucina e glicosaminoglicanos na região pretibial. Este relato apresenta 3 casos de mixedema pretibial após tratamento com radioiodo para doença de Graves, acompanhado de uma breve revisão da literatura. Este artigo sugere que a dermopatia de Graves pode ocorrer devido a uma exacerbação da autoimunidade tireoidiana após a terapia com RAI. A conscientização de médicos e pacientes acerca de queixas ou alterações cutâneas desempenha um papel fundamental no diagnóstico e tratamento precoces.

Detalhes do artigo

Como Citar
Perini, N., Rossi, C. G., Martinez, G. S., Rojas, Y. C. D. T., Santos, R. B., Hamilton Romaldini, J., & Villagelin, D. (2025). Tratamento com Radioiodo e o Desenvolvimento de Mixedema Pretibial: Uma Série de Três Casos. Brazilian Journal of Case Reports, 6(1), bjcr133. https://doi.org/10.52600/2763-583X.bjcr.2026.6.1.bjcr133
Seção
Clinical Case Reports
Biografia do Autor

Nicolas Perini, Pós-Graduação em Medicina Interna, Universidade Estadual de Campinas

Pós-Graduação em Medicina Interna, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil.

Camila Guidi Rossi, Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC – Campinas)

Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC – Campinas), Campinas, São Paulo, Brasil.

Gabriela Salles Martinez, Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC – Campinas)

Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC – Campinas), Campinas, São Paulo, Brasil.

Yedda Carolina Della Torre Rojas, Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC – Campinas)

Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC – Campinas), Campinas, São Paulo, Brasil.

Roberto Bernardo Santos, Hospital da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC - Campinas)

Hospital da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC - Campinas), Campinas, São Paulo, Brasil.

João Hamilton Romaldini, Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC – Campinas)

Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC – Campinas), Campinas, São Paulo, Brasil.

Danilo Villagelin, Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC – Campinas)

Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC – Campinas), Campinas, São Paulo, Brasil.

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