DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DOSIMÉTRICA DE DISPOSITIVO INTRAORAL NA ESTABILIZAÇÃO MANDIBULAR DURANTE RADIOTERAPIA DE CABEÇA E PESCOÇO
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Resumo
Apesar dos avanços das técnicas de Radioterapia (RT), o tratamento para o câncer de cabeça e pescoço (CCP) ainda apresenta efeitos adversos severos em cavidade oral e a fim de minimizá-los, estabilizadores bucais têm sido usados para poupar o tecido
normal de doses excessivas de radiação, estabilizar a mandíbula e melhorar a reprodutibilidade ao longo da RT. O objetivo desse estudo descrever uma técnica de desenvolvimento de estabilizador bucal para RT para CCP. Paciente sexo masculino, 40 anos, câncer de orofaringe com segundo tumor primário em língua, TxN1M0, realizando quimiorradioterapia com carboplatina/paclitaxel semanal e 33 sessões de RT (dose total = 60Gy), pós glossectomia e esvaziamento cervical esquerdos. Após a realização do procedimento cirúrgico percebeu-se a diminuição da tonificação dos músculos abaixadores da língua, dificultando sua estabilização, sendo sugerido a confecção de dispositivos intraorais para estabilização da mandíbula. O dispositivo foi realizado com resina acrílica dispondo a língua de maneira que melhorasse a distribuição de dose de radiação no tumor. Após realização de tomografia sem e com o dispositivo, planejamento tridimensional e dosimetria estrutura-específico,
observou-se aumento da dose dispensada em língua (5156,4 para 6588,4 cGY) e redução outras estruturas adjacentes, como o palato (4969,2 para 4767 cGY). Assim, dispositivos de estabilização mandibular podem constituir ferramentas de otimização
da RT de CCP.
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Referências
Não se aplica.