FITOTERAPIA PARA O MANEJO DO VITILIGO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Conteúdo do artigo principal
Resumo
INTRODUÇÃO: O vitiligo é uma doença sem causa claramente definida, porém, provavelmente, existe um fator autoimune. A doença pode ser caracterizada como despigmentante da pele, assim, o paciente apresenta manchas esbranquiçadas no corpo, as quais devem-se à perda de melanócitos, sendo o tamanho da lesão cutânea variável. Diversas plantas medicinais com potencial efeito estimulante de pigmentação, devido a atividade da tirosinase, migração de melanócitos ou outro meio de ação frente ao cuidado com as lesões cutâneas. OBJETIVO: Entender se o uso da fitoterapia, como alternativa ou complementar a outras terapêuticas, pode auxiliar no tratamento de vitiligo. MÉTODOS: Foram utilizadas as bases de dados: PUBMED, LILACS, Scopus e Cochrane CENTRAL, com os descritores: "Vitiligo", "Fitoterapia", "Plantas Medicinais", usando os operadores booleanos "AND" e "OR", sempre considerando a patologia (“Vitiligo”), nos idiomas português, inglês e espanhol, de 2012 a 2022. RESULTADOS: As espécies vegetais do gênero Psoralea são comumente usadas, em termos de etnofarmacologia, no tratamento do vitiligo. Nessesentido, discutiu-se acerca da fotoxicidade relacionada ao uso desregulado devido a preparações caseiras. Assim, Paralelamente, um ensaio pré-clínico realizado em camundongos com edema de orelha induzido por óleo de cróton mostrou que o extrato hidroetanólico de folhas de P. venusta, por gavage e pelo uso tópico, apresentaram declínio em fatores inerentes à fisiopatologia do vitiligo, destacando-se, contudo, que apenas topicamente o marcador da melanina nos folículos pilosos foi
alterado. CONCLUSÃO: Apesar das pesquisas mostrarem que a fitoterapia tem potencial para ajudar no tratamento de vitiligo, é necessário elucidar o mecanismo de ação dos compostos presentes no fitocomplexo de cada espécie com potencial terapêutico, destacando as do gênero Psoralea.
Detalhes do artigo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Referências
ARAUJO, Olinda da Silva. Vitiligo: fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. 2016. 50 f. TCC (Graduação) - Curso de Farmácia, Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas, 2016.
FERREIRA, Vitor F.; PINTO, Angelo C. A fitoterapia no mundo atual. Química Nova. 2010, V. 33, Nº 9.
JHA, Niharica. Phototoxic reaction to bakuchi seeds tried as home remedy in a patient of vitiligo. Dermatology Online Journal. Novembro, 2020; V. 26, Nº 11.
MOREIRA, CG. et al. Pre-clinical evidences of Pyrostegia venusta in the treatment of vitiligo. J Ethnopharmacol Junho 2015. V. 168; p. 315 - 325.
NIU, Chao; AISA, Haji A. Upregulation of Melanogenesis and Tyrosinase Activity: Potential Agents for Vitiligo. Molecules. 2017; V. 22, Nº 8, p. 1303.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. No Dia Mundial do Vitiligo, SBD reforça a importância de melhorar o acesso dos pacientes à assistência em saúde. Junho, 2021. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Vitiligo. 2021.
XU, Ping; SU, Shulan; TAN, Cheng; LAI, Ren-Sheng; MIN, Zhong-Sheng. Effects of aqueous extracts of Ecliptae herba, Polygoni multiflori radix praeparata and Rehmanniae radix praeparata on melanogenesis and the migration of human melanocytes. Journal of thnopharmacology, [S. l.], v. 195, p. 89-95, 4 jan. 2017.
ZAMORA, E. García-; FUENTE, E. Gómez de la Fuente; MEDRANO, R. Miñano-; PASCUAL, M. Gutiérrez-; ESTEBARANZ, J.L. López-. Eccema de contato por extrato de pimenta negra como tratamento de vitiligo: Dermatite de contato devido ao extrato de pimenta preta usado para tratar o vitiligo. Actas Dermo-Sifilográficas, [S. l.], v. 110, n. 4, p. 331-332, 4 maio 2019.