O papel da azacitidina, da carboplatina e do paclitaxel no potencial tratamento dos tumores de células germinativas resistentes a cisplatina

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Vanessa Monteiro Oliveira
Marcela Nunes Rosa
André von Helvoort Lengert
Rui Manuel Vieira Reis
Luis Fernando Lopes
Mariana Tomazini Pinto

Abstract

Introdução: Os tumores de células germinativas (TCGs) são neoplasias benignas ou malignas derivadas de células germinativas primordiais que ocorrem em sítios gonadais e extragonadais. O tratamento padrão é a ressecção cirúrgica e quimioterapia à base de cisplatina. Entretanto, um número significativo de pacientes recidiva por adquirir resistência a esse composto, por meio de mecanismos multifatoriais ainda incertos. Objetivo: analisar o efeito in vitro das drogas azacitidina, carboplatina e paclitaxel em TCGs resistentes à cisplatina. Metodologia: Células resistentes à cisplatina (NTERA-2R) foram tratadas com doses incrementais de cisplatina por aproximadamente 10 meses até o fenótipo de resistência. As células NTERA-2R foram caracterizadas quanto à formação de colônias e migração celular. Em seguida, as células parentais (NTERA-2P) e resistentes foram tratadas com azacitidina, carboplatina e paclitaxel e a viabilidade celular foi avaliada. Resultados: Após o tratamento com cisplatina, as células NTERA-2R tiveram um IC50 sete vezes maior do que as NTERA-2P. Em condições basais, houve aumento na formação de colônias e migração celular para NTERA-2R. Após 72 horas de tratamento com Carboplatina, valores de IC50= 29,02±1,58 μM (média ± desvio padrão) foram obtidos para NTERA-2R e 2,09±0,55 μM para NTERA-2P, sugerindo menor potência nas NTERA-2R devido a resistência cruzada com a cisplatina, pois compartilham o mesmo mecanismo de ação. O tratamento com Azacitidina em ambas as linhagens NTERA-2 mostrou-se eficaz, com IC50= 5,54±3,03 nM em NTERA-2P e 6,5±0,06 nM em NTERA-2R, provavelmente devido ao mecanismo de ação farmacológico diferenciado. Foi observado no tratamento com Paclitaxel (NTERA-2P: IC50= 20,24±4,99 nM e NTERA-2R: IC50= 20,58±2,48 nM). Tanto a NTERA-2P quanto a NTERA-2R responderam de forma semelhante após o tratamento com azacitidina e paclitaxel, sugerindo que ambos podem ser uma opção para cepas resistentes à cisplatina. Conclusão: Portanto, mais estudos são necessários para elucidar o efeito de diferentes quimioterapias na resistência à cisplatina em TCGs.

Article Details

How to Cite
Oliveira, V. M., Rosa, M. N., Lengert, A. von H., Reis, R. M. V., Lopes, L. F., & Pinto, M. T. (2022). O papel da azacitidina, da carboplatina e do paclitaxel no potencial tratamento dos tumores de células germinativas resistentes a cisplatina. Brazilian Journal of Case Reports, 2(Suppl.1), 30. https://doi.org/10.52600/2763-583X.bjcr.2022.2.Suppl.1.30
Section
Abstracts
Author Biographies

Vanessa Monteiro Oliveira, Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital do Câncer de Barretos

Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital do Câncer de Barretos, Barretos, SP, Brasil

Marcela Nunes Rosa, Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos, Dr. Paulo Prata (FACISB)

Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos, Dr. Paulo Prata (FACISB), Barretos, SP, Brasil.

André von Helvoort Lengert, Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital do Câncer de Barretos

Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital do Câncer de Barretos, Barretos, SP, Brasil

Rui Manuel Vieira Reis, Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital do Câncer de Barretos

Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital do Câncer de Barretos, Barretos, SP, Brasil.

Luis Fernando Lopes, Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital do Câncer de Barretos

Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital do Câncer de Barretos, Barretos, SP, Brasil.

Mariana Tomazini Pinto, Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos, Dr. Paulo Prata (FACISB)

Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos, Dr. Paulo Prata (FACISB), Barretos, SP, Brasil.

References

Não aplicável.

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