A importância da associação entre síndrome metabólica e esteatose hepática
Main Article Content
Abstract
Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), é uma entidade de causas multifatoriais e caracterizada pela infiltração adiposa no parênquima hepático, excedendo 5-10% do seu peso. Apresenta forte relação com a síndrome metabólica – obesidade, resistência insulínica, diabetes mellitus II, dislipidemia. Objetivo: Esclarecer relação entre Doença Hepática Não Alcoólica e Obesidade. Metodologia: Revisão de literatura nas bases Scielo e PubMed, utilizando-se os termos fisiopatologia da doença hepática gordurosa não alcoólica e obesidade. Resultados e Discussão: A DHGNA é fator importante de morbimortalidade hepática, e o perigo dessa doença se dá pela evolução do infiltrado gorduroso, para inflamação (esteato-hepatite) e, posteriormente fibrose e carcinoma hepatocelular. Os hepatócitos são expostos a lipo/glicotoxicidade gerada pelos lipídios e, devido a isto, ocorre depleção hepática da lipogênese, inibição da lipólise periférica, aumento da resistência insulínica, produção e excreção excessiva de citocinas inflamatórias, gerando assim, o acúmulo de gordura, principalmente, na forma de triglicerídeos. A obesidade está associada a uma grande centralização de tecido adiposo e alterações metabólicas, logo, o IMC possui uma relação imperiosa com a DHGNA podendo ser um instrumento utilizado como rastreio de gravidade da esteatose hepática não alcoólica (DHGNA). É necessária a exclusão de outros fatores de risco que acrescentem pior prognóstico ao acompanhamento deste paciente como hepatites virais e etilismo. A realização de US, RNM e TC são exames que determinam o grau da esteatose. Conclusão: A DHGNA está fortemente relacionada à Síndrome metabólica, e à obesidade que é responsável pela centralização de tecido adiposo, um dos fatores de pior prognóstico. Sendo assim, a DMII e o grau do IMC do paciente são fatores resultantes que podem dispor todos os espectros da doença hepática. Portanto, é extremamente importante a adequação mudanças nos estilos de vida e tratamento farmacológico quando necessário.
Article Details
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
References
CHAVES, G. V. et al. Associação entre doença hepática gordurosa não alcoólica e marcadores de lesão/função hepática com componentes da síndrome metabólica em indivíduos obesos classe III. Revista da Associação Médica Brasileira (1992), v. 58, n. 3, p. 288–293, 2012.
CHALASANI, N. et al. The diagnosis and management of nonalcoholic fatty liver disease: Practice guidance from the American Association for the Study of Liver Diseases: Hepatology, Vol. XX, No. X, 2017. Hepatology (Baltimore, Md.), v. 67, n. 1, p. 328–357, 2018.
LI, et al. Obesity is an independent risk factor for non‐alcoholic fatty liver disease: evidence from a meta‐analysis of 21 cohort studies. Obesity reviews, v. 17, n. 6, p. 510-519, 2016.
SANTOS, M. S. T. et al. A influência da obesidade na doença hepática gordurosa não alcoólica / The influence of obesity in the non-alcoholic fatty liver disease. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 2, p. 5021–5033, 2021.
SILVA, D. G. DA et al. DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA: ATUALIZAÇÃO SOBRE A FISIOPALOGIA. Brasília Médica, v. 52, n. 3–4, 2015.