AVANÇOS NO MANEJO TERAPÊUTICO DO CÂNCER DE PULMÃO NOS ÚLTIMOS ANOS
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Abstract
Introdução: O câncer de pulmão é a mais importante causa das mortes relacionadas ao câncer em todo o mundo. Sendo dividido em: câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) e câncer de pulmão de pequenas células (CPPC). As formas de tratamento vêm revolucionando as terapias direcionadas contra tal oncogênese, no entanto, a sua abrangência ainda é inferior ao desejado, sendo necessário as tradicionais combinações de imunoterapias. Objetivo: Investigar possíveis avanços no manejo terapêutico do câncer de pulmão nos últimos 10 anos. Metodologia: Foi feita uma revisão narrativa nas bases de dados indexadas LILACS, PubMed e Scielo, com uso dos descritores “cell lung carcinoma” OR “pulmonary cancer” acompanhados de “treatment” AND “advancement”. Critérios de inclusão: artigos completos e de livre acesso, publicados a partir de 2012 em português ou inglês. Foram excluídos estudos que não atendem à dúvida de pesquisa, as publicações repetidas ou em formato de cartas ao editor, resumos, editoriais, capítulos de livros, resenhas de livros, relato breve, teses e dissertações. Foram encontrados 3665 estudos na plataforma PubMed e 0 nas demais, dentre os quais 5 foram selecionados e lidos na íntegra. Revisão de literatura: Na fase inicial da doença, a remoção cirúrgica é o tratamento padrão, sendo a radioterapia e o tratamento sistêmico adotados em pacientes inoperáveis ou que recusaram a cirurgia. Técnicas menos invasivas, como a cirurgia toracoscópica assistida por vídeo, surgiram para aumentar o número de pacientes assistidos, enquanto a quimioterapia evoluiu com o entendimento dos mecanismos moleculares do câncer, permitindo a seleção de fármacos orientados por biomarcadores específicos para cada paciente. A especificidade desses alvos, a exemplo dos inibidores de tirosina quinase no CPNPC e do ROS proto-oncogene 1 (ROS-1), representou um passo para a personalização do tratamento, embora a mudança dinâmica do genoma durante o desenvolvimento da doença ainda mostre-se um empecilho. No que tange à radioterapia, a terapia protônica surgiu como forma de reduzir os efeitos colaterais, pois o uso de prótons em vez dos tradicionais fótons garante maior precisão no procedimento e menos danos aos tecidos saudáveis. Já foi comprovado que pacientes com CPNPC apresentaram menos problemas cardiovasculares em decorrência do tratamento em comparação à radioterapia tradicional, entretanto, esse mecanismo é restrito a poucos polos tecnológicos, não havendo nenhum no Brasil. Outro método ainda em desenvolvimento é a monoterapia de anti-PD-1/PD-Li, associada a baixas doses de agentes antiangiogênicos, devido ao seu potencial de modular o microambiente imunossupressor tumoral e retardar seu crescimento. Conclusão: Então, pode-se concluir por fim que houveram avanços no manejo do câncer de pulmão. Dentre eles, os principais identificados foram o entendimento dos mecanismos moleculares do câncer para quimioterapia e utilização de biomarcadores para escolher os melhores fármacos. Já para a radioterapia, surgiu a terapia protônica como forma de reduzir os efeitos colaterais. Além disso, existem métodos que ainda estão sendo desenvolvidos, como a monoterapia de anti-PD-1/PD-Li que servem para modular o microambiente imunossupressor tumoral. Portanto, vemos que houveram importantes evoluções nos últimos 10 anos.
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